A história da cadeira desenvolve-se a partir do momento em que o homem deixa de ser nômade, ou seja, desde o momento em que passa a possuir uma habitação fixa, e acompanha a sua história política, social e artística até à atualidade.
A cadeira chegou ao Brasil no século 16, com a vinda dos portugueses. Até
então, por aqui, o mobiliário indispensável eram a rede e a esteira indígenas,
ambas de fibras vegetais. A novidade demorou a vingar. Durante muito tempo, seu
uso esteve restrito a igrejas, conventos, sedes de bispados, palácios de
governo e outros lugares requintados. Apenas no século 19 é que as famílias
brasileiras passaram a incorporar no mobiliário o jogo de cadeiras, destinado a
compor a sala de jantar e as salas ditas de visita. Detalhe: isso apenas valia
para as famílias mais ricas. O resto do povo continuou fazendo o que já fazia,
quando queria descansar as pernas: sentava em bancos, redes ou no chão,mesmo.
Não há objeto de uso individual mais projetado e desenvolvido pelos designers e arquitetos na história, do que a cadeira. A cadeira é uma releitura do assento mais usado na cultura grega antiga: a(o) Klismos, o assento dos Deuses. Grandes Designers e Arquitetos criaram cadeiras que ficaram famosas mundialmente ditando épocas e culturas de um povo.